Aquele outro.

outubro 25, 2021 0 comentários

Um belo dia ela conheceu outra pessoa, dá pra acreditar? Ou, talvez, seja eu que não consiga acreditar na possibilidade de ser esquecido. Lembro da ultima vez que nos vimos, da nossa despedida, do beijo, do abraço, do adeus que eu não queria dar, não queria ouvir. Também me acho um estupido por ter permitido que ela saísse da minha vida, por não ter olhado pra trás e ter deixado ela fechar a porta. Olhar os dois sorrindo agora me causa uma sensação ruim, não sei se choro por vê-la feliz sem estar comigo, ou se sorrio por ela ter encontrado alguém que está dando a ela tudo que ela sempre quis, tudo que eu não dei. Eu queria muito ter alguém também pra brindar essa cerveja comigo, mas por enquanto eu vou só ficar observando e admirando a mulher que um dia foi minha, que esteve nos meus braços, pertinho do meu coração, e eu não fui capaz de cuidar do que tinha, não fui capaz de amá-la como deveria, como ela merecia. Eu queria muito poder dar um abraço nela daqueles nossos bem apertados, mas talvez ela já nem caiba mais nos meus braços. E eu sofro, quase choro, por tudo que podíamos ter sido e não fomos. Por tudo que eu perdi, por todos os momentos desperdiçados, por ver a minha felicidade sendo feliz com outra pessoa. Não entendo como fui capaz de perdê-la, não entendo porque deixei-a ir, porque não lutei ou pedi para que ela ficasse. Agora tem outro cantando Roberto Carlos pra ela, com ela, fazendo brindes e virando taças, levando-a pra casa pra aconchegarem na cama, fazendo carinho enquanto ela dorme. Eu já fui esse cara, já estive nesse lugar, mas rezo e peço a Deus que ele nunca seja como eu. Que ele nunca cometa os erros que cometi, que ele nunca a perca como eu perdi, que nunca vacile como eu vacilei. Afinal, mulheres como ela merecem o mundo, merecem muito mais do que meninos mimados como eu.



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