O primeiro de muitos.

janeiro 27, 2020 0 comentários
Ele acordou, olhou para o relógio, checou o celular... Percebeu que nada era mentira. Encontrou no criado o bilhete de despedida, sentiu um nó na garganta e o amargo sabor do abandono. As pernas tremeram, a voz falhou, as lágrimas caíram. Olhou pro céu limpo e ensolarado, mas só conseguiu enxergar escuras nuvens e uma tempestade a caminho. Tomou banho como se estivesse entrando numa banheira de gelo, não conseguiu comer... No carro, as músicas, o cheiro e os acessórios que lembravam ela. A causadora de tudo, a amada e também destruidora de sonhos. No trabalho, a concentração era inexistente... Ela não saia do pensamento, doía na alma. As fotos estavam espalhadas... na gaveta, na mesa, no celular e no coração, não teve coragem de jogar fora. Com muito custo, o dia chegou ao fim... Voltou pra casa, não comeu, deitou na cama, olhou pro nada, respirou fundo e pensou: venci. O primeiro dia de muitos.


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