Meio atordoada, meio inquieta, ela acordou em mais um dia que deveria ser normal. Ela mal sabia que de normal não seria nem a sua respiração. Levantou da cama como alguém que carrega um peso enorme. Mas, ao contrário do que parecia, não era peso físico, era o oposto. Fez o que era habitual e saiu, sem o menor gosto, para a sua costumeira rotina. Com um sorriso frustrado, ela retribuía os cumprimentos do dia. Sem muitas esperanças, sem grandes expectativas. Ficou sentada por horas num cantinho afastado e os acontecimentos do dia anterior não saiam dos seus pensamentos. Ficava interrogando para onde estava caminhando, ficou esperando achar uma resposta, mas o silêncio era tudo o que tinha. Percebeu então os efeitos de tamanho teatro que ela mesma havia criado em sua mente. Ela e ele. Relembrou os mínimos detalhes, reviveu as diversas sensações, fez tudo o que pôde, abriu seu coração, seu íntimo. Esperou retribuição, esperou o dia seguinte... Ali, sozinha, quase mergulhada em lágrimas, se deu conta que a vida não espera, não retribui e não agradece. É ingrata, injusta e não facilita. Percebeu que devia fazer as coisas por ela mesma, sem esperar nada em troca. Fazer simplesmente por gosto, coragem e vontade de viver. Levantou da solidão, deu os primeiros passos em direção ao novo. Uma vida nova, um olhar novo, um espírito novo. Descobriu que a felicidade tende a ser um estado de espírito. Agora, ela sairia do normal, do comum. Tudo o que importava era ela e o que viesse seria acréscimo.
À parte.
Meio atordoada, meio inquieta, ela acordou em mais um dia que deveria ser normal. Ela mal sabia que de normal não seria nem a sua respiração. Levantou da cama como alguém que carrega um peso enorme. Mas, ao contrário do que parecia, não era peso físico, era o oposto. Fez o que era habitual e saiu, sem o menor gosto, para a sua costumeira rotina. Com um sorriso frustrado, ela retribuía os cumprimentos do dia. Sem muitas esperanças, sem grandes expectativas. Ficou sentada por horas num cantinho afastado e os acontecimentos do dia anterior não saiam dos seus pensamentos. Ficava interrogando para onde estava caminhando, ficou esperando achar uma resposta, mas o silêncio era tudo o que tinha. Percebeu então os efeitos de tamanho teatro que ela mesma havia criado em sua mente. Ela e ele. Relembrou os mínimos detalhes, reviveu as diversas sensações, fez tudo o que pôde, abriu seu coração, seu íntimo. Esperou retribuição, esperou o dia seguinte... Ali, sozinha, quase mergulhada em lágrimas, se deu conta que a vida não espera, não retribui e não agradece. É ingrata, injusta e não facilita. Percebeu que devia fazer as coisas por ela mesma, sem esperar nada em troca. Fazer simplesmente por gosto, coragem e vontade de viver. Levantou da solidão, deu os primeiros passos em direção ao novo. Uma vida nova, um olhar novo, um espírito novo. Descobriu que a felicidade tende a ser um estado de espírito. Agora, ela sairia do normal, do comum. Tudo o que importava era ela e o que viesse seria acréscimo.
Tisha Steck.
Escrevo por amor, escrevo pra me expressar, escrevo pelo simples prazer que isso me traz... palavras não me definem, sou mais do que posso dizer, sou toda sentimento, puro coração.
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