“Agente”.

maio 12, 2020 0 comentários

É difícil entender que aquela pessoa que você amou tanto não vai mais fazer parte da sua vida. É difícil entender que seguirão caminhos diferentes. Que não compartilharão mais as risadas no dia a dia e nem os perrengues ocasionais. É difícil aceitar que não vai ter mais aquele “bom dia” que muda o dia e nem aquele “boa noite” que te faz dormir melhor. É quase impossível pensar que onde, um dia, houve tanto amor, tanta intimidade, tanta cumplicidade, não vai restar nada. Apenas dois estranhos. Dois estranhos que um dia dividiram sonhos, segredos, planos, projetos, gargalhadas, alegrias e tristezas. Que sabiam perfeitamente a palavra que acalmava, o toque que aliviava, o sorriso que desarmava. Aquele encaixe perfeito. Não de corpos. Mas, de almas. Que conversavam por telepatia. Terminavam a frase um do outro. É quase irreal pensar seguir em frente. Sem aquele colo, aquele abraço, aquela companhia. Sem ele. Seguir em frente sozinha. Sem os sons das risadas, sem as mordidas amorosas, sem os cafunés carinhosos. Parece até um pesadelo. Desses que a gente não quer acordar. Mas, precisa. Porque é real. E, está acontecendo. Não acabou o amor, não acabou o carinho, não acabou o respeito, não acabou a amizade. Mas, como explicar pro coração que acabou “agente”? Sim, “agente” junto.. bem juntinho. Porque “agente” separado não é nada, não é ninguém e nem deveria existir. Por enquanto, não tem explicação. Por enquanto, é deixar fluir. Seguir no automático. Ficar com as lembranças, memórias e recordações da gente. Bem junto. Amanhã eu cuido de esquecer, amanhã eu cuido de apagar, amanhã eu cuido de separar “agente”. Mas, só por hoje me deixa aqui.. com tudo que ficou de nos. Com tudo que ficou inacabado, inexplicado, indefinido. Amanhã é outro dia. Hoje, eu só quero “agente”. Do jeito que sempre foi. Do que jeito que sempre fomos. Inseparáveis.

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