Pare, por favor. Não me diga mais nada, não quero saber seu nome, de onde você vem, onde mora ou quem são suas companhias. Não preciso conhecer sua mãe, nem saber o nome do seu cachorro predileto que morreu quando você tinha nove anos de idade. Não é necessário que você me conte a sua cor favorita ou sua comida preferida, conhecimento alheio vem com o tempo; e quem sabe quantos segundos nós iremos conviver? Não me faça promessas. Só me fale em felicidade depois que ela já tiver dado um passo adentro; a gente só sabe realmente se vai chover depois que a primeira gota cai. Cansei de viver de futuro, a partir de um segundo atrás só quis engolir presente. E de verdade, agora meu coração pede para que você fique nele. Por isso, deixe as palavras de lado, se esquece delas, que as benditas só gostam mesmo de fazer a gente pensar demais e eu também cansei de pensar. Agora só desejo o agir. Não me diga a que data e a que horas estará aqui, a expectativa misturada à ansiedade só geram devaneio. Quero ser sua, agora. Amanhã quem sabe.
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