Era o sorriso intrigante dela, aquele corte de cabelo dele, sempre o mesmo perfume dela, o jeito de andar único dele, a capacidade que ele tinha de acalmar tudo com uma palavra, o modo todo torto como ele conduzia a vida, a maneira como ela lidava com as situações, como ela trazia cor e alegria aos dias. Foram essas coisas que os aproximaram e os envolveram. A forma como ele via o mundo, o jeito espontâneo e divertido que ela via nas adversidades, a leveza que ele colocava nas decisões mais pesadas, a maneira que os dois encontraram de simplificar os problemas. A rotina, o dia a dia, o costume, o hábito. Já era de se esperar que haveria paixão ali. Os olhos comunicavam-se entre si, as bocas perdiam as palavras, os corpos atraiam-se. Foi tudo uma explosão voraz onde não conseguiram se conter. Não foi repentino, não foi por acaso e não foi impensado. Ela queria, ele também. Foi esperado, desejado, instintivo, quase planejado. Foi tão natural como falar bom dia. Ele já não conseguia mais esconder, ela já não suportava mais ficar longe. Tentaram disfarçar, tentaram evitar, mas entre tantas tentativas, perderam-se. Um no outro. E foram felizes. Por uma noite ou por uma vida, nunca saberemos.
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