Ela queria voltar, queria insistir mais um pouco, de novo e mais uma vez. Como se todas as vezes anteriores não tivessem bastado, como se todas as feridas tivessem já sido cicatrizadas. Só que tudo ainda doía, latejava, pulsava dentro dela. Ela sempre acreditou que seria pra sempre, mas nem sequer sabia direito o que era pra sempre. Achava que, talvez, tudo fosse pra sempre enquanto durasse, achava que enquanto os sentimentos existissem, eles eram pra sempre, acreditou que pra sempre era todo milésimo de segundo em que podia ser feliz. Ela sabia que naquele momento não poderia decidir nada. Sabia que a saudade falava mais alto do que a razão e os sentimentos estavam à flor da pele. Sabia que voltar seria reencontrar os mesmos erros, as antigas feridas, velhas atitudes que continuariam magoando e isso seria uma atitude autodestrutiva. Em contrapartida, ela tinha esperanças que tudo fosse diferente, tinha esperanças que depois de tanto, as coisas - realmente e finalmente - entrariam, de vez, no eixo. Mas, quem disse que isso não poderia ser mais um sonho dela? Mais um dos sonhos guardados na caixinha dentro de outros inúmeros. Mais um sonho que ela deixou pra depois... por ele, pra ele. Por um instante tudo que ela queria era poder olhar de novo naqueles olhos com todo o amor do mundo e dizer estou aqui, vamos ser felizes. Mas, sabia que não seria assim, nunca tinha sido. Então, a dor trouxe-a para realidade cruel e dura. A dor que tudo aquilo causava, a dor que ele causava e fazia questão de repetir.. de novo e de novo.. Ela queria voltar... Queria voltar porque existia amor, mas também queria voltar pra cessar a dor da saudade de hoje, mas sabia que isso causaria, novamente, a mesma dor amanhã e nada faria sentido. Hoje será mais um dos dias em que ela terá que aguentar, será mais um dos dias em que ela terá que suportar e ser forte. O amor jurado eterno ainda permanece nela, mas maior que o amor por ele, era o amor por ela e, por esse amor, ela decidiu seguir em frente.. sozinha.
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