Foi assim.

setembro 14, 2011 0 comentários

Entre dor e tristeza, você tentar juntar os seus pedacinhos. De tão pequenos perdem-se em meio na confusão e angústia. E pensa que nunca mais será o mesmo, sente que levaram tudo que você tinha, principalmente - especialmente - todo o seu amor. O que você guardava a sete chaves no coração, aquele que jurava ser eterno, infinito, profundo, intocável, puro, sincero. Aquele que sentiu pela primeira vez e que esperava ser a única e última. Tentar reconstruir tudo, recomeçar, parece ser tão impossível como respirar. Cada batida do coração te rasga por inteiro. Você perde todos os motivos pra acordar, embora o sol brilhasse lá fora e o dia gritando, chamando pra vida. Tudo perde o sentido, o que te fazia feliz - as pequenas coisas - tornam-se memórias, lembranças e fazem doer ainda mais. Dor que não cessa, não ameniza, não diminui. Sente que perdeu por completo a capacidade de amar, e nunca, nunca mais mesmo, saberá o que é isso de novo. Começa a desacreditar não só do amor, como também das pessoas e da sinceridade delas... e começa a duvidar da vida, do óbvio. Em meio à essa desordem, promete que a cautela será companheira e amiga fiel, coloca na cabeça e no coração que amor é utopia, não existe. Torna-se uma pessoa receosa e acha ser inquebrável. Sente que passou pela maior dor do mundo e que nada, nem ninguém, mudará isso. Se fecha para as pessoas e coloca - por vontade própria - uma barreira entre elas e você. Só depois de um tempo entende que - realmente - nunca mais será a mesma pessoa e percebe que se transformou. Depois da ferida cicatrizada, enxerga que a dor dilacerante e cortante, foi a maior causa do seu engrandecimento, do seu amadurecimento. Começa a olhar as pessoas com outros olhos... Não mais com pureza, mas olhos de prudência... Que vêm além do que é mostrado, vêm por dentro, verdades e mentiras. Aprende a dar passos pequenos, calmos e seguros, confiantes. Aquele amor que um dia sentiu, esse nunca mais sentirá novamente, pois se modificou... mas, diferente do que pensava, você não perdeu a capacidade de amar, pelo contrário, esse amor tornou-se cuidadoso, prudente e mais, muito mais amor, porque agora já sabe a dor e as delícias que ele carrega e você tem escolhas... E, apesar de tudo, escolheu amar de novo, mesmo sabendo dos riscos, feridas e decepções... e esse amor se fortalece e, mais uma vez, você espera que seja pra sempre.

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