Nunca mais.

abril 07, 2011 0 comentários

Estranho é voltar ao nunca mais. Quantas vezes dizemos que “nunca mais” iríamos beber depois de uma noite regada pelo exagero presenteada com uma ressaca tão intensa que nosso fígado parece ter falecido e a cabeça competir com o peso da Terra? E quantas vezes dizemos que “nunca mais” vamos para uma prova sem saber de nada, depois de ter pegado livros na biblioteca e/ou ter comprado e os deixado descansando ali,no criado mudo, fazendo-lhe companhia e enfeitando? Quantas vezes dizemos que “nunca mais” vamos ao Estádio de futebol ver o time do coração – ou seu eterno encosto – perder um jogo ridículo e decisivo? Quantas vezes dizemos que “nunca mais” vamos recorrer aos empréstimos bancários viciados quando uma crise financeira assolar nossas finanças pessoais e a única forma de sobreviver é pedir clemência ao rei? Quantas vezes dizemos que “nunca mais” vamos dirigir embriagados ao acordar na cama e sequer lembrarmos-nos de como chegamos em casa ou como pagamos a conta? E, principalmente, quantas vezes dizemos que “nunca mais” vamos amar alguém depois que o conto de fada se transforma em contorço do coração, que abandonado decide morrer e sequer deixa alguma esperança cristã de um dia ressuscitar?
E um dia a gente volta. Volta a beber, a não estudar, a ir ao Estádio, a dirigir embriagado, a ser socorrido pelo nosso eterno algoz e a amar. Não se trata de falta de opinião, mas das mudanças de situação. Uma noite de porre nunca é igual à outra. Assim como nenhuma prova é a mesma, ou um jogo de futebol, ou voltar embriagado de um algum lugar. As dividas também são diferentes e o amor? O amor é a troca eterna de personagens para infernizar nosso coração. O “nunca mais” na melhor das hipóteses é um “até logo”, “até mais tarde”, “até breve”. Somos seres ateus e incrédulos. Nunca aprendemos a dizer “Adeus!”.
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