Se ao menos ela soubesse.

janeiro 24, 2020 1 comentários

Ele mentalmente pensou: Às vezes tinha tanta vontade de deixa-lá que chega doía. Não por que não a amasse, pelo contrário, seria justamente por esse motivo, amar demais. E era por amar que tinha medo. Medo da fragilidade que sentia e tinha diante desse sentimento, medo das várias e inúmeras reações e inquietações que ele provocava. Medo da decepção, medo da perda, medo do desapontamento. Sentimentos tão antagônicos e ao mesmo tempo tão iguais, como se completassem. Seria mais fácil se doesse de uma vez e não aos poucos. Ele não entendia o que acontecia por dentro. Percebeu que ao abrir o coração, se tornara exposto demais, e se expor desse tanto poderia machucar. Ele não tinha tolerância pra dor. Não tinha tolerância pra sofrer, se auto lamentar. Ele queria optar pelo mais fácil, mas diante da situação não conseguia. As duas alternativas eram difíceis. Ficou parado diante das suas próprias perguntas. Ansiava pela resposta, buscava no seu coração, mergulhava fundo e nada. Existem coisas que não tem razão de ser, pra ser - pensava. Ela doía. O amor doía. Ele a queria pra sempre, mas sua cabeça estava rodeada de dúvidas, dúvidas que nem mesmo ela conseguia dissolver. Certezas que ele queria mas ela não era capaz de dar. Ações e omissões. Perdido estava, perdido ficou. Se ao menos ela soubesse... - lamentava em silêncio.

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